9:01 PM
Emanuelle: Acabara de sair da biblioteca, abraçada a pelo menos quatro livros bem grossos, e trazendo as costas uma mochila com mais tantos outros, caminhava na direção de uma mesa, meio aflita e ofegante, pois os livros ameaçavam a cair, e não demorou, logo que chegou a mesa, soltou lentamente um sobre esta, mas os outros perderam o apoio e logo tombaram ao chão, ela suspirou fundo e sacudiu a cabeça em negativo, logo se agachou e começou a empilhá-los, trajava naquele dia, um macacão jeans com uma camiseta branca, uma das alças estava presa e a outra solta, os cabelos loiros estavam presos em uma trança enraizada e isto já havia passado da moda há tempos, nos pés tênis brancos meio sujos até pelo andar ao campus, tombou o corpo um pouco pro lado e a mochila teimava e caia também ao chão, resmungou - Ótimo - e foi apanhar a mochila Justin: Os sapatos italianos sabiam exatamente o caminho que Justin queria tomar, o jovem em seu habitual traje negro, tendo a calça social a cair num tom sobre tom com a camisa social em grafite escuro. Os olhos verdes seguiam pelas paredes tranquilamente enquanto subia os degraus que davam acesso à sala de leitura. Deixava os dedos finos e pálidos deslizarem pela parede fria do extenso e vazio corredor. Eram 23h30min, quem alem da idiota caipira freqüentaria uma biblioteca às 23h30min de uma sexta-feira? Suspirou exasperado.. O que não fazia para ter o prazer de dormir com a própria irmã.. Mag.. Seu maior sonho e desejo, valeria aquele sacrifício.. A luz da biblioteca já começava a iluminar ainda mais o corredor e pelo vidro da porta pode ver Manu a derrubar o material, fazia uma leve careta quando via os trajes da garota.. Os modos desengonçados. Mas será que nem se vestir ela sabia? Será que ao menos beijava bem? Aproximou-se com calma e silenciosamente abaixando-se ao lado dela ajudando-a a pegar os livros e a mochila - Oi.. - falava numa voz brada e doce ao tocar de leve a mão dela quando pegava alguns livros - Veio estudar também? - Também?! Justin sequer sabia para que lado ficava a seção de biologia naquele lugar - Bom ver você... - e sorriu.. Sorriu como só ele sabia fazer para encantar até mesmo Maggie, deixando os dedos deslizarem pelos dela ao pegar o livro e depositar sobre a mesa Emanuelle: estava já colocando o ultimo livro sobre a pilha, e quando ouviu a voz de Justin, tomou um susto e deu um tranco com o corpo, batendo o braço na pilha e derrubando-a novamente, abaixou a face, olhando os livros, depois a ergueu fitando Justin, ficou completamente corada, era ele novamente, o garoto que a havia feito literalmente se arrepender de ser tão desconfiada e hostil como havia sido suspirou fundo, e sussurrou de cabeça baixa sem olhá-lo - Oie.....- levou a mão sobre um livro e logo sentiu a dele passar a sua, enquanto pegava o livro, e depois novamente a mão a tocar a sua, sussurrou - Pois é, eu sempre venho aqui estudar, mas como tá ficando tarde, resolvi pegar alguns livros e levar pra casa....- ergueu somente um pouco o rosto o fitando totalmente vermelha, sorriu de leve - Pensei que nem queria mais me ver, depois das atrocidades que te disse aquele dia, foi totalmente ridículo, julgar você sem nem mesmo te conhecer, e ter sido tão arrogante...-apanhou dois livros e ergueu-se os colocando sobre a mesa da cantina, o fitando nos olhos agora, estendeu a mão a ele o encarando, sussurrou - Eu queria te pedir desculpas, Justin.... Justin: Se limitava a escutá-lala, tudo bem que não era a voz mais sexy do mundo, mas era tudo em prol do serviço.. Do jogo.. Mantinha o sorriso doce nos lábios enquanto ela derrubava os livros novamente. E ele cortez, ia ajudá-la. Ergueu o corpo ao mesmo tempo em que ela, mantendo os olhos sobre os de Manu. - Não falaria mais com você? - sorriu enquanto ajeitava os livros sobre a mesa e desviava de leve o rosto do dela como se estivesse timidamente a folhear as capas - Eu também vim buscar algo para estudar... na verdade, desta vez eu buscava algo para leituras de madrugada, tenho uma insônia terrível.. - os olhos erguiam-se novamente para os dela e aquele maldito sorriso delicado que não morria nos lábios - Eu achei que não fosse ve-la novamente.. que tinha dito algo errado ou te ofendido de alguma forma.. - desculpar-se mesmo que ela pedisse desculpas, essa era uma das normas do cavalheiro canalha.. e ela falava que o tinha julgado antes, coitada.. bem diziam que a justiça era cega, no caso de Manu era cega e idiota.. e não tinha muita paciência para aquele jeito caipirônico dela.. que lhe estendia a mão para pedir desculpas.. mas fazer o que.. tinha que fazer a sua parte.. sorriu de canto dos lábios enquanto deixava a mão apertar a dela - Ok.. desculpo.. se me desculpar.. e puder me fazer um favor..- o olhar era doce e terno como o de uma criança que quer pedir um presente numa noite de natal Emanuelle: Não entendia, ficava surpresa, enquanto empilhava os livros sobre a mesa, ele quem se desculpava, ele quem ficava tímido, e sem jeito folheava a capa dos livros, Química, Biologia, Matemática Financeira, e afins, nada além disto para a estudiosa menina, e ela apenas deixou os olhos claros sobre a figura dele, admirada com tamanha educação, humildade, e nossa, ele era encantador, como aquele príncipes dos contos de fadas que ela nunca quis ler ou acreditar, sorriu de leve a ele, enquanto ele apertou sua mão e disse que sim que a desculpava, mas que ia lhe pedir um favor, Manu tombou o rosto sem dizer ainda uma única palavra, somente o analisando, como se pudesse arrancar se era sincero dos olhos dele, e ela achava que podia, e nunca viera olhos tão sinceros e tão cheios de boas intenções, suspirou fundo, e logo empilhou o ultimo livro sobre os outros três, apanhando a mochila do chão, a voltou às costas, ajeitou um fio de cabelo para trás da orelha, que fugia da trança, e logo sussurrou, enquanto uma das mãos, deslizava pela alça do macacão, sussurrou - Hum, um favor, pra você? Depende do que for, claro que sim Justin, você merece afinal... Justin: Nem fazia grande esforço para parecer um príncipe de contos de fadas para manu.. achava isso divertido e deliciava-se com cada expressão de surpresa que podia notar nos olhos da caipira loira. E os olhos azuis do garoto esboçavam toda a sinceridade que poderia haver no mundo, aliada com uma necessidade de proteção.Era exatamente esta a imagem que ele queria deixar com a menina,.. Justin Fletcher.. o desprotegido.. ergueu os olhos para ela suavemente enquanto ela ajeitava os cabelos que lhe saiam da franja. ele sorriu delicadamente quando ela dizia que dependia do favor.. e ora vadia não seria nada de abaixa a calcinha.. ou vem e me chupa.. não.. não ainda.. seria algo mais sutil que a sua cabeça de ervilha não podia compreender.. e dava-se graças por pensamentos ainda serem particulares, deixava os olhos caírem sobre a mesa enquanto os dedos deslizavam sobre o tampão delicadamente - Ah.,. acho que não é nada muito complicado.. eu não conheço esta biblioteca bem.. fui transferido.. e ainda não tive muito tempo para fazer um tour.. - ria da piada sutil.. do leve gracejo que fazia para dar a ela uma atmosfera mais amistosa - E quem sabe você não poderia me ajudar a encontrar a prateleira onde ficam os livros de poesia... Emanuelle: Não tirou os olhos dos dele, sempre procurando a verdade, que debilmente encontrava, e iludia-se, a cada segundo mais com o rapaz de sorriso doce, e alma falsa, sorriu a ele quando ouviu o favor, e deixou-se rir logo após, daquele jeito delicado dele, murmurou - Claro Justin, eu conheço esta biblioteca como ninguém mais aqui, escolheu a pessoa ideal para ser sua guia....- apanhou os livros da mesa meia desajeitada e levou até a cantina pediu para um dos atendentes guarda-los para ela, ficando apenas com a grande mochila as costas, voltou na direção dele o fitando nos olhos, com um imenso sorriso nos lábios, como poderia existir alguém no mundo tão parecido assim com ela? Tão interessado nas mesmas coisas que ninguém mais se interessa, e logo seguiu ao lado dele na direção da biblioteca, sussurrando - Poesias? Nossa eu não saio de lá, eu adoro poemas, poesias, prosa, tudo, você gosta é Justin? Justin: Sorriu quando escutou ela concordar que seria sua guia, que pena que ainda não é pra um motel mais próximo e assim eu possa por fim no martírio que isto me causa..chega a dar náuseas.. pensava enquanto o sorriso delicado mantinha-se nos lábios inalteradamente - Sério!? Vai me ajudar?- demonstrava uma alegria juvenil, esperando ela retornar da cantina.. e caminhar com ele pelos corredores da biblioteca vazia. As mãos do rapaz iam instintivamente para as costas, e em seguida para o bolso onde retirava o terço de madre perola que carregava consigo.. a outra mão deslizava pelas estantes, uma outra mania de Justin a de sentir os objetos inanimados como se pudesse extrair vida deles.. sorriu quando ela lhe disse que não saia de lá.. bingo.. nerds idiotas adoram poeminhas do tipo: batatinha quando nasce.. esparrama pelo chão.. desviava os olhos dos dela no momento exato de voltá-loslos para uma estante.. olhando para cima como se procurasse algo nelas - Sim.. eu gosto de poesias.. eu tenho insônias.. e ler poemas me ajuda a relaxar.. -- momentos..momentos.. e planos.. era hora de tentar um contato mais direto.. esbarrava "sem querer" em uma das estantes e deixava o corpo ser jogado sobre o dela, empurrando-a contra uma outra estante, derrubando alguns livros mas mantendo o corpo de Justin colado ao dela sem querer... Os lábios chegavam a quase um roçar e Justin levava um tempo pouco maior que o normal para sair.. deixava antes os olhos pousarem nos dela por alguns minutos.. e pareciam expressar um certo desejo escondido atrás de um recato sem igual. - Er.- ele buscava o apoio das mãos e afastava-se lentamente.. deixando a atmosfera do beijo que se perde ao afastar os lábios que ainda roçaram os dela levemente - Desculpa.. eu .. nossa.. como sou atrapalhado.. eu não .. desculpa.. - corava.. o desgraçado corava com uma facilidade sem igual Emanuelle: Mantinha-se a caminhar com ele, o ouvindo falar com aquela alegria juvenil se ela iria ajudá-lo, e ela sacudia a cabeça em positivo sorrindo a ele enquanto o via pegar o terço e adorava aquele recato dele, prova que era de família, de fé e que queria algo serio na vida, observou a mão dele que deslizava pela estante, e ele falar que sofria de insônia, Manu pareceu se interessar – Insônia? Já estudei muito sobre, se quiser posso te ajudar a combater e... – de súbito o viu tropeçar e o corpo ser jogado contra o dela, a fazendo recostar a outra estante, com a mesma a sacudir e alguns livros a cair da mesma, olhou-o assustada, enquanto sentia os corpos colados daquele modo, nunca havia sentido aquela espécie de contato, e muito menos o hálito tão quente de um garoto tão perto de sua boca, suspirou fundo, respirando até mesmo alto, e logo sentiu o roçar dos lábios, fora tudo muito rápido, mas Manu sentiu cada reação com o tempo do infinito, assim que ele se afastou, ajeitou a calça da mochila ao ombro sem jeito, vendo-o corar, corou também, e sussurrou – Er, sem problemas Justin, eu também vivo a tropeçar, esbarrar e derrubar tudo... – agachou-se apanhando os livros e colocando-os ao lugar, evitando olha-lo Justin: Pim..pom.. e lá estava a senhora recato a corar?? Justin queria gargalhar.. imagina se tivesse dado uma encoxada na garota.. ela teria gozado ali mesmo.. manteve a expressão de quem sentia muito e tinha gostado preservada pelo corar do rosto.. passando a mão na cabeça.. a ajudá-la a pegar os livros e lá estava novamente o contato do corpo.. das mãos.. os olhos a se cruzarem quando se erguiam - Pode mesmo me ajudar com minha insônia? - ele perguntou num fio de voz.. e corava ainda mais - Emanuelle eu..- ia falar algo mas mudava de opinião.. não.. não falaria.. e deixava-a perceber esta nuance de conflitos de sentimentos que imperavam em seu ser.. e agora daria o xeque mate na garota.. era questão de estilo.. e isto.. Justin tinha até demais.. sem dar tempo a ela de pensar ou desviar-se.. ele colou os lábios aos dela.. num selinho delicado.... onde os lábios se abriam suavemente para receber os dela.. nada lascivo.. um beijo puro.. úmido.. mas puro.. e rápido.. e os olhos dele pareciam ainda mais confusos ao fitar o dela e ele afastava o corpo.. por ironia do destino havia ficado com um livro nas mãos.. Havia esbarrado em literatura inglesa..e sonhos de uma noite de verão de Shakespeare caia na mão de Justin naquele momento - Er.. eu.. eu acho que vou levar este.. - ele afastava-se de olhos baixos.. tímido.. envergonhado pelo beijo que havia dado. - Er.. desculpe Emanuelle.. eu.. eu.. perdi a cabeça.. e.. desculpe.. - saiu com uma pressa incomum e o sorriso a estourar-lhe por dentro.. quando corria pelo corredor da biblioteca para a saída.. agora restava a isca.. para uma visita quem sabe.. deixava o livro sobre o balcão da biblioteca.. e sumia pelos corredores da universidade* Emanuelle: novamente sentia o contato das mãos, e quando ergueu o corpo, os olhos foram inconseqüentes até os de Justin, e ela o encarou em silencio, sem conseguir dizer uma palavra ou fazer qualquer outra coisa, nem mesmo responder a perguntava dele, sobre ela ajuda-lo, e ele parecia na mesma situação, pois ia falar algo mas não conseguiu, do contrário, o corpo dele, aproximou-se mais do dela, não lhe dando brechas para uma fuga desesperada, e logo os lábios colaram-se aos dela em um selinho delicado, depois os entreabriu puxando os dela, ela ficou assustada no começo, de olhos arregalados, mas quando os lábios dele se entreabriram umedecendo os dela, ela fechou lentamente os olhos, deixando os lábios ficarem moles dentro dos dele, e suspirou fundo, e logo que ela abriu os olhos, encontrou os dele, confusos, culpados, mas não arrependidos, mesma sensação que tinha Manu, logo que ele afastou o corpo, ela ainda ficou o olhando com os lábios entreabertos, sem conseguir ter uma reação, observou ele, se afastar, e falar que ia levar aquele livro, qual livro? Naquele momento o cérebro pareceu dar um tranco nela, e ela abaixou a face e fitou o titulo do livro, Shakeaspere! Ela amava Sonhos de uma Noite de Verão, Manu consentiu em positivo, ficando totalmente assustada e mole as pernas bambeavam, tentou falar algo - Justin, eu..eu. – mas logo ele se desculpou dizendo que perdeu a cabeça e saiu a correr pelo corredor, fazendo o que ela mais queria fazer e não tinha forças, fugir, correr, se esconder, e ela pode ve-lo largar o livro sobre o balcão, caminhou até o mesmo largando os outros livros ao chão, e apanhou o livro, abraçando-o, caminhou para fora da biblioteca, ainda sem qualquer reação, que não abraçar o livro
Rabiscado por Lost - The RPG
*Este é um jogo fictício de RPG*
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